sexta-feira, 12 de abril de 2019

O homem e a natureza: domínio e descontrole (Profª Andrielly)

O homem e a natureza: domínio e descontrole



O homem caçador-coletor


Os caçadores-coletores são também conhecidos como os homens pré-históricos, mas ainda nos dias de hoje existem povos que vivem dessa atividade;
Os caçadores-coletores são nômades, ou seja, não possuem residência fixa e se alimentam do que está disponível na região que estiver;
Apesar dessa forma de vida ser a menos agressora à natureza, podemos apontar a existência de um desequilíbrio e até extinção que a atividade da caça trouxe à fauna de diversas regiões do mundo.

O homem agricultor


A revolução agrícola trouxe muitos benefícios aos seres humanos, pois possibilitou:
       As pessoas viverem toda sua vida no mesmo lugar (sedentarismo)
       O tempo livre após o plantio e a colheita, possibilitou o desenvolvimento de utensílios (tecnologia)

O aumento da produção de alimentos permitiu:
       A criação de reserva alimentar;
       A diminuição da mortalidade infantil;
       O aumento populacional
       Que a sobra, além de estocada, fosse utilizada para troca;
       O surgimento da propriedade privada;

O surgimento da agricultura causou grandes mudanças na sociedade humana. Uma delas foi a necessidade de se ter o controle das terras agricultáveis. Por causa disso, surgiram muitos conflitos devido à concentração de terras mais produtivas nas mãos de poucas famílias.

O homem comerciante


                Outra consequência da Revolução Agrícola foi o desenvolvimento da atividade comercial. De um mercado de troca dos excedentes agrícolas, o homem foi aperfeiçoando os meios de transportes e de exploração de recursos naturais.
                A exploração organizada em larga escala dos recursos da Terra começou durante o século XV com as viagens marítimas que tinham como objetivo a exploração de áreas desconhecidas visando o acúmulo de metais;


O Brasil participou desse ciclo de exploração no período de colonização portuguesa.  A extração do pau-brasil no século XVI, para a tintura de tecidos, causou grande desmatamento na região da Mata Atlântica e quase extinção da espécie vegetal, muito rara hoje em dia. A extração do ouro, nos séculos XVII e XVIII, também foi intensa nesse período e além de degradação da natureza ocasionou diversos conflitos sociais;

O homem industrial


A Revolução Industrial ocorrida entre os século XVIII e XIX na Europa, trouxe uma série de mudanças ao modo de viver do homem;

Revolução Industrial


O homem e a tecnologia

Desde a primeira Revolução Industrial o homem vem aperfeiçoando e produzindo cada vez mais bens de consumos decorrentes de novas tecnologias. O desenvolvimento tecnológico certamente trouxe facilidades, conexão, conforto, acesso ao conhecimento, aumento da qualidade e expectativa de vida. E é visto frequentemente por aqueles que se beneficiam dele como um fenômeno apenas positivo, pois a ideia de progresso – constante inclusive de nossa bandeira nacional – é visto como algo sempre bom.

Entretanto, é inegável seus efeitos negativos no meio ambiente, não apenas sobre seu aspecto natural, mas também a um de seus aspectos sociais.


ATIVIDADES DE ASSIMILAÇÃO

1.       Pesquise no dicionário o significado das palavras:
a)      Revolução
b)      Propriedade
c)       Consumismo
2. Aponte as principais mudanças que as Revoluções agrícolas e industriais trouxe à vida do homem e da natureza:
3. Qual a relação entre consumismo e meio ambiente?



Cultura, Identidade e Diversidade (Profª Andrielly)


  • O que é cultura?

Entende-se por cultura todas as ações por meio das quais os povos expressam suas “formas de criar, fazer e viver” (C.F./1988, art.216).
A cultura engloba tanto a linguagem com que as pessoas se comunicam, contam suas histórias, fazem seus poemas, quanto à forma que constroem suas casas, preparam seus alimentos, rezam, fazem festas. Enfim, suas crenças, suas visões de mundo, seus saberes e fazeres.
Trata-se, portanto, de um processo dinâmico de transmissão, de geração em geração, de práticas, de sentidos, de valores, que se criam e recriam no presente, na busca de soluções para os pequenos e grandes problemas que cada sociedade ou indivíduos enfrentam ao longo da existência.

  • O que é identidade?

As pessoas fazem parte de diferentes grupos sociais, cujo alcance pode ou não ser local [...]. Assim, durante sua vida, as pessoas constroem suas identidades ao se relacionarem umas com as outras em diferentes contextos e situações.
A identidade de uma pessoa é formada com base em muitos fatores: sua história de vida, a história de sua família, o lugar de onde veio, o lugar que mora, o jeito como cria seus filhos, fala e se expressa, enfim, tudo aquilo que a torna única e diferente das demais.

  • Identidade cultural coletiva

As pessoas de cada grupo social compartilham histórias e memórias coletivas, visões de mundo e modos de organização sociais próprios. Ou seja, as pessoas estão ligadas por um passado comum e por uma mesma língua, por costumes, crenças e saberes comuns, coletivamente partilhados. A cultura e a memória são elementos que fazem com que as pessoas se identifiquem umas com as outras, ou seja, reconheçam que possuem uma identidade cultural comum.



  • Patrimônio Cultural

O patrimônio cultural de povo é formado pelo conjunto de saberes, fazeres, expressões, práticas e seus produtos, que remetem à história, à memória e à identidade desse povo.
A preservação do patrimônio cultural significa, principalmente, cuidar dos bens aos quais esses valores são associados, ou seja, cuidar dos bens representativos da história e da cultura de lugar, de um grupo social, que pode ocupar um ou mais territórios.

  • Bens culturais materiais: são também chamados de tangíveis, são as paisagens naturais, objetos, edifícios, monumentos e documentos.

  • Bens culturais imateriais: estão relacionados aos saberes, às habilidades, às crenças, às práticas, aos modos de ser das pessoas.

  • IPHAN: é o Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, é uma autarquia federal vinculada ao Ministério da Cidadania que responde pela preservação do Patrimônio Cultural Brasileiro. Cabe ao Iphan proteger e promover os bens culturais do País, assegurando sua permanência e usufruto para as gerações presentes e futuras. 

ATIVIDADES DE ASSIMILAÇÃO E AVALIAÇÃO CONTINUADA:

  • Exibir os documentários

  1. Como os saberes apresentados nos documentários se relacionam com o conteúdo estudado?
  2. Quais são os tipos de bens que os saberes apresentados no documenta se encaixam? E qual a importância da sua preservação para a identidade da baixada cuiabana?
  3. Faça uma tabela com duas colunas e distribua entre elas os bens culturais materiais e imateriais que você conhece
  4. A partir das fotos abaixo você consegue identificar traços da identidade dessas pessoas? Quais são as características que confirmam isso?
a)

b) 




O que é História (Profª Andrielly)



O QUE É HISTÓRIA?

História x história: primeiro é preciso saber que existem no mínimo três tipos de história.



  • história vivida: acontecimentos vividos no dia a dia das pessoas. Por meio da memória alguns acontecimentos são lembrados outros são esquecidos;
  • história - ficção: histórias criadas pela imaginação humana, como nos livros, filmes e novelas;
  • História - conhecimento: área do conhecimento no qual se estuda como os seres humanos viveram o passado mais distante até os dias atuais;
 A História como disse o historiador Marc Bloch é a “ciência dos homens, no tempo”. Ela possibilita a reflexão sobre as formas de vida dos seres humanos em todos os tempos e espaços, buscando compreender e explicar as relações entre os diversos fenômenos sociais e suas implicações.

A pesar de se construir a partir de acontecimentos do passado a História se orienta a partir de perguntas (problemas) geradas no nosso próprio tempo (presente).

Exemplo: Muitas vezes temos interesse em saber alguma coisa sobre nossos antepassados, qual a origem do nosso sobrenome? Por que tenho determinada característica física? De onde vieram? Quais foram suas experiências de vida?
As respostas para essas perguntas serão encontradas no passado, mas as perguntas em si são problemas do presente. Somos nós que queremos buscar sentido para o presente a partir do passado. Os sujeitos históricos anteriores a nós não tinham as mesmas preocupações que nós temos.

História do tempo presente: Desde a Segunda Guerra Mundial os historiadores passaram a fazer uma história do tempo presente, que consiste em reunir fontes, principalmente o relatos de testemunhas (fonte oral), para analisar e buscar compreender acontecimentos contemporâneos traumáticos, tais como o holocausto, a Klu klux klan, o apartheid, etc.

OS SUJEITOS HISTÓRICOS


Todos os indivíduos são sujeitos históricos que a partir de seus atos, participam da construção do processo histórico.
Além dos sujeitos históricos individuais, existem os sujeitos coletivos, como os movimentos sociais, que são fundamentais nas ações de transformações política e econômica.

Por que apenas os “homens importantes” aparecem nos livros?

Essa ideia não é mais uma verdade. Durante muito fez-se apenas a história dos grandes homens, é verdade. Mas no ultimo século muitos historiadores tem buscado trazer para a história os antigamente eram invisíveis ou “marginalizados”. Hoje temos a história dos camponeses, dos operários, das mulheres, dos escravos, dos órfãos, dos loucos, etc; 

Os Historiadores

O estudo e a escrita da História pelos historiadores é chamada de historiografia. Ela é feita com base em pesquisas documentais e interpretações de fatos históricos.
Fatos históricos: acontecimento passado que é tomado como objeto de estudo por historiadores.
Isso significa dizer que em cada a partir de um olhar do seu tempo, de preocupações do seu tempo e dos documentos disponíveis no seu tempo surgem às interpretações históricas. Mudando o tempo, mudam as preocupações, podem surgir novos documentos e, portanto novas interpretações.

Assim como “o homem é fruto do seu tempo” a História também é!




 O tempo, como produção humana, é uma ferramenta da História, visível em instrumento como o calendário e a cronologia. Cronologia é a forma de representar os acontecimentos históricos no tempo. Todas as civilizações uma data como início do tempo e, logo, o início da história. Assim, contando a partir dessa data [...] demarcaram os anos e os séculos, situando cada acontecimento. Nessa perspectiva, o calendário, o ano, o século e a cronologia são invenções da mais alta importância para a História como a entendemos hoje. (Kalina Vanderlei Silva; Maciel Henrique Silva. Dicionário de conceitos históricos. 2 ed. São Paulo: Contexto, 2006, p.390.)



Tempo Natural: é uma forma de medir o tempo por meio dos fenômenos naturais: as primeiras referências de contagem do tempo estipulavam que o dia e a noite, as fases da lua, a posição de outros astros, a variação das marés ou o crescimento das colheitas, etc.
Tempo Cronológico: é como nós medimos/fatiamos o tempo no nosso dia a dia, não é considerado pela natureza, é o espaço de tempo em que os acontecimentos desenrolam e os personagens realizam suas ações, no decorrer de um tempo em sequência. É o contado no relógio, horas, dias, anos, décadas, séculos, numa ordem linear de tempo. Uma sequência em sentido horário.
Tempo Histórico: o tempo histórico acompanha os ritmos de transformações de cada sociedade: umas são mais rápidas, outras extremamente lentas. Enquanto os calendários trabalham com constantes e medidas exatas e proporcionais de tempo, a organização feita pela ciência histórica leva em consideração os eventos de curta, média e longa duração. É muito comum os historiadores demarcarem momentos de permanências e rupturas de determinada sociedade no tempo e no espaço como períodos ou eras.

Linha do Tempo: A linha do tempo é um instrumento importante que permite a localização dos fatos históricos no tempo.



Os séculos 



Como calcular a qual século pertence determinado ano:

Se a data que estiver sendo examinada terminar com dois zeros, o século então corresponde ao(s) primeiro(s) algarismo(s) que estiver à esquerda desse número. Exemplos:

EX:
Ano 300 a.C.: O ano 300 a.C. está inserido no século III a.C., já que cortando os dois zeros, 300, resta o número 3.

Mas quando o número não termina em dois zeros é só eliminar a unidade e a dezena que o compõe, somando o(s) algarismo(s) restante(s) ao número 1. Exemplos:
EX:
Ano 1450 a.C.: O ano 1450 a.C. está inserido no século XV a.C., já que eliminando a unidade e a dezena, 1450, e somando o resto com 1, teremos 14+1=15. 


Periodização mais utilizada no Ocidente

Antiguidade: de cerca de 4000 a.C (invenção da escrita) a  476 (queda do Império Romano);
Idade Média: de 476 a 1453 (Ano da queda do Império Bizantino)
Idade Moderna: de 1453 a 1789 (ano do início da Revolução Francesa)
Idade Contemporânea: de 1789 até os dias atuais.





São exemplos de fontes históricas: documentos oficiais, jornais, livros, cartas, diários, letras de músicas, história em quadrinhos, pinturas, fotografias, filmes, mapas, moedas, vasos, joias, esculturas, entre outros. Também são consideradas fontes históricas os relatos orais, como as histórias contadas por nossos avós.

A História e a memória
A História e memória, embora sejam conceitos diferentes, se complementa. É muito comum que a memória seja usada como matéria-prima dos historiadores para construir o entendimento dos acontecimentos passados. Para ter acesso às memórias os historiadores recorrem aos lugares de memória: arquivos públicos ou privados, museus, cemitérios, monumentos, festas comemorativas e também os relatos orais.

Análise de fontes históricas
O historiador deve fazer uma leitura crítica do documento, nunca considera-lo a realidade histórica em si, mas porções dessa realidade.
Cabe ao historiador:
  1. Distinguir os contextos, as funções, os estilos, os argumentos, os pontos de vistas, as intenções do autor do documento;
  2. Interrogar o documento: Quando? Onde? Quem? Para quê: Por quê? Como?
  3. Propor questões sobre os silêncios, ausências e vazio
ATIVIDADES DE ASSIMILAÇÂO E AVALIAÇÃO CONTINUADA:

  1. Análise de fonte (recorte de jornal/imagem) de forma coletiva;
  2. Produza um texto que defina o que é História, levando em consideração a relação da humanidade com o tempo;
  3. Construa uma linha do tempo da história de sua vida. Para tanto, divida em períodos vividos de acordo com as fases biológicas, isto é, infância, adolescência, ou de acordo com as grandes transformações que sua vida passou, como mudanças de cidade. Organize essas informações de maneira cronológica e, por fim, reúna-se com colegas e compare as semelhanças e diferenças das suas linhas do tempo. 


“Todo conhecimento começa com o sonho.

O sonho nada mais é que a aventura pelo mar desconhecido, em busca da terra sonhada. Mas sonhar é coisa que não se ensina, brota das profundezas do corpo, como a alegria brota das profundezas da terra. Como mestre só posso então lhe dizer uma coisa. Contem-me os seus sonhos para que sonhemos juntos.”  (Rubem Alves)

Esse Blog é dedicado aos nossos queridos alunos do CEJA Licínio Monteiro em Várzea Grande -MT, guindo-nos pelo desejo de integrar a tripulação que viajará nessa aventura do saber, esperamos que, esse espaço de realidades e fantasias que é a internet,  tão distante e tão presente quanto os sonhos, seja o navio que nos levará ao destino sonhado.